Para entrar no clima:
Ano novo, vida nova!
Todos os anos eu repetia pra mim: “Esse é o meu ano”! E esperava ansiosa e pacientemente quando de fato o meu ano iria chegar.
Fazia promessas que sabia, provavelmente não cumpriria. Acreditava que este ano o amor seria melhor. Que seríamos mais felizes finalmente.
Todos os anos eu repetia pra mim e acreditava naquela máxima clichê…
“Ano novo, vida nova”!
E a vida nova não vinha…
É engraçado como esperamos que um novo ano nos traga novas coisas quando continuamos seguindo a mesma vida. Sem a coragem de abandonarmos o conforto cômodo. Sem a adrenalina de enfrentar uma batalha grande, que não sabemos ao certo se podemos vencer. Sem trocar de emprego. Sem terminar aquele mal relacionamento. Sem mudar de cidade… Sem deixar pra trás as pessoas que não te levam pra frente. Sem fazer loucuras por um amor, por um sonho, por uma vida diferente.
2015 foi o meu ano. Ele finalmente chegou! Foi um ano todinho meu, do início ao fim. Uma vida nova a cada mês, me surpreendendo e me forçando a ser mais, a ser maior, a tentar bravamente e enfrentar todos os meus medos, até não ter medo algum. Ou quase.
Foi um ano de descobertas, de desafios. E eu disse sim pra quase todos eles. Foi um ano de aprendizado, de experimentar o novo. E eu fiz coisas que jamais imaginei que faria. Paguei língua sobre todas as minhas verdades universais. Talvez nem todas. Mas o fato é que eu me abri…
Em 2015 eu aprendi a ser eu. A não me cobrar tanto ser perfeita ao outro. Aprendi a ser só. A me curtir no meu cantinho interior difuso e bagunçado, onde qualquer um fica confuso e eu me encontro perfeitamente bem.
Aprendi a respirar… A esperar… Esperançar.
Em 2015 aprendi a acreditar.
E eu corri o mundo. Alcei vôo sem medo da queda. De não ter quem me segurasse lá embaixo. De não ter quem me aguardasse a volta.
E eu cresci milhões de anos em 12 meses. Fui milhares de mulheres dentro de mim mesma. Me adaptei, me readaptei, infinitas vezes. E descobri que estou pronta.
Pronta para um novo ano e, novamente, para uma nova vida. Cheia de sede da mudança que pode vir.
E agora a vida é outra, os sonhos são outros, a forma de ver e sentir é todinha nova. E eu não quero pedir que 2016 seja melhor.
Eu quero te prometer, 2016, que eu serei melhor pra você!
Que eu honrarei minha promessa de ser forte, não importa o quê, e de nunca me envergonhar de quem sou. Muito pelo contrário, eu prometo saber exatamente o meu valor.
E eu prometo trabalhar duro pra chegar, mesmo que eu não saiba ao certo aonde. E eu prometo selecionar bem as pessoas que estarão ao meu lado neste momento.
Eu escrevi, pra me lembrar, 16 metas para nossa vida juntos. 16 oportunidades de fazer diferente. 16 jeitos de ser uma pessoa melhor. 16… Porque eu gosto da coisa simbólica que isso me traz.
Eu serei melhor pra você, ano novo. Ao invés de jogar toda a responsabilidade de me fazer feliz em você, assim logo no inicinho, quando você chega timidamente pra me dizer “Ainda dá tempo”.
Sim, ainda dá tempo! E eu tenho 12 meses para me surpreender e fazer de você especial.
Seja bem-vindo, ano novo, vida nova!
Aqui estamos nós de novo revirando tudo às avessas. E olha, eu bem que gosto disso! Acho que faremos uma boa parceria então.
É só ir e não surtar…
Eu acredito em você e você acredita em mim. E ficamos bem assim!
“Quando foi, quando foi
A última vez que você
Quis escutar
SilenciarOnde foi, onde foi
A última vez que o instante
Deixou se fotografar
No teu olharNo mar de tanta indiferença
Era o sol que me faltava”
(Tiago Iorc – Sol que faltava)
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