Eu percebo o quanto sou maluca às vezes. Roubando as histórias dos outros, reinventando-as, tomando seus sonhos como se fossem meus… Querendo aquilo que parece impossível apenas por parecer impossível.
Sim, eu escrevo maluquices o tempo todo, nem tente imaginar as maluquices que penso. É que são muitos bons filmes, muitos bons livros, muitos poemas bonitos que já li e onde quis morar. Você pode imaginar?
A realidade é apenas… real! E o que a gente quer é um pouco mais empolgante que levantar todos os dias, trabalhar, voltar pra casa e dormir. O que a gente quer se parece um pouco mais com aquela dança de olhos nos olhos que ganha uma competição incrível, um pouco mais com aquela corrida em um dia de chuva, com confundir o rouxinol e a cotovia. O que a gente quer é um pouco mais de guerra de travesseiros nesse meio tempo, um pouco mais de tranças jogadas do alto da torre, um pouco mais de maluquices felizes.
É nisso que penso neste momento, sentada no chão do quarto, com as luzes apagadas… No quanto sou maluca às vezes. No quanto sou feliz. Nessa fonte inesgotável de amor, de música, de choro, de dança, de poesia, de sonhos… Meus.
“Um Romeu apaixonado, canta uma serenata pelas ruas
Acalmando todo mundo com uma canção de amor que ele fez
Encontra um poste aceso, sai da sombra
E diz algo como: eu e você, amor, o que você acha?”(Dire Straits – Romeo and Juliet)
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