A gente se engana sobre as pessoas. E a gente se engana sobre si mesmo. Sobre o quão longe podemos ir. O quanto de simpatia, o quanto de amor, o quanto de álcool… O quanto de si mesmo que a gente deve doar. Ou desperdiçar. A alma não foi feita para entregar.
O quanto ser forte? A gente também se engana! Sobre o quanto lutar, insistir, resistir. Sobre até onde é força e até onde é fraqueza. Sobre o que vale o esforço e pelo que realmente estamos no esforçando.
A gente se engana sobre a felicidade. Esperando uma felicidade impossível. Uma felicidade inventada. E a procurando exatamente aonde ela nunca vai estar.
A gente se engana tanto sobre si mesmo! Acreditando no que as pessoas pensam de nós, no quanto nos julgam e no que nos diminui, no que nos retém. A gente acredita nessa fraqueza, sem perceber, na verdade, o quanto estamos sendo fortes. O quanto estamos encarando o peso de sermos nós mesmos. Independente da dor fácil que atinge uma pele fina, exposta.
E de quem é a culpa? Nossa!
Em permitir que qualquer um, ou qualquer coisa, ou qualquer dor invada a nossa essência.
Eu fico bem comigo mesma. Eu caibo perfeitamente dentro de mim. E hoje eu respiro com alma, com o coração. Porque hoje eu sou alguém nitidamente diferente do que era antes. Hoje eu sou eu mesma, finalmente!
“Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor”
(Cazuza – Codinome Beija-flor)
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