“O texto insistia em não sair. De uma forma dolorosa… Como uma promessa que você não consegue cumprir. Eu nunca gostei de promessas! Elas, no fundo, não prometem nada.
Eu prometi que seria feliz… Prometi que amaria com toda a intensidade do mundo. Que não viveria uma vida vazia. E nessas promessas todas eu me perdi… Numa música linda e triste que me fez dormir.
Algumas pessoas dizem ver a melancolia pingando das minhas palavras. Como se meus textos pudessem exprimir toda a angústia por trás de um ser. Porque ninguém é feliz o tempo todo. E, devo admitir, nem triste também.
É engraçado notar a diferença entre a forma que as pessoas te vêem e a forma que você se vê. E, como eu já disse, eu não sou o que penso de mim. Isso é um conforto? Talvez… Mas certamente eu não sou o que as pessoas vêem em mim.
É simples quando você tá feliz e satisfeito. Você sorri, dança, e sente toda a alegria inebriando sua alma. É isso o que eu busco quando a lua se enche e me esvazia. Por isso eu sorrio, danço, e me embriago de um entusiasmo que eu não sei d’aonde vem.
E quando as coisas não vão bem… Você fica estagnado, um deserto de areias que voam sem sentido algum. E você não põe isso pra fora.
É necessário fuga, válvulas de escape. Foi o que eu sempre disse! Todo mundo cria ao seu redor uma ilusão de vida. Uma ilusão de qualquer coisa.
Escrever… é criar mundos, fundir ilusão e realidade.
Porque minha vida não é uma prisão. Nem um vôo a céu aberto. Não é uma tragédia de Shakespeare. Nem uma linda comédia romântica.
E meus textos não são verdades universais. Nem mentiras sórdidas e absurdas.
É apenas a minha ilusão de vida.
O palco está montado e o roteiro está escrito.
Porque escrever é criar mundos.
E no meu mundo se fundem ilusão e realidade, numa busca insana e constante por um pouco mais de paixão.
Por uma promessa que prometesse um pouco mais da vida, de mim, de nós!”
É isso aí! Criei um blog! Sejam bem-vindos! 🙂
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