Tudo em mim tem um pouco de você. Do que eu inventei de nós.
As músicas que eu escuto são músicas que lembram você. Frases recortadas das letras mais bonitas (ou tensas)… O som manso e gostosinho que lembra banho de chuva e edredom… Vozes sussuradas e confissões docemente melancólicas… Tudo me fazer sentir você.
Todos os meus textos, os meus amores inventados, têm um pouco do que a gente viveu. Um pouco do que eu sinto. Das minhas lembranças e sensações. De todos os arrepios que você me provoca.
Têm um pouco do seu sorriso e da forma como você mexe o cabelo. Da sua mania de passar a mão na nuca quando tá pensando. Do jeito tímido que você encosta a sua mão na minha, quase sem encostar.
Os amores que invento têm o seu cheiro. A sua gargalhada. Têm a minha mão passando em seus cabelos enquanto te dou beijinhos carinhosos como quem diz “relaxa, eu vou cuidar de você”.
Têm um pouco do meu drama e de querer dramatizar você. Te transformar em poesia. Em amor. Nos amores proibidos que ardiam a alma em cada poesia que já li.
Tem um pouco de você na minha alegria e nos dias cinzas em que não consigo sorrir.
O meu silêncio tem você fazendo barulho dentro de mim. O meu olhar perdido às vezes te segue e pula em seus braços, ligando o foda-se pro mundo.
Tem você quando durmo e ao acordar. Em cada sonho que eu não consigo interpretar.
O meu cheiro tem você dizendo que gosta do meu perfume. O jeito em que eu arrumo o meu cabelo… O meu batom marcado tem a lembrança de você borrando nossos lábios, em um dia que só existia eu e você no meio do mundo.
Tudo em mim tem um pouco de você. A forma como eu desvio o olhar quando você me olha nos olhos. Parece que você enxerga dentro de mim, e isso me dá pânico. Pânico que você consiga ler tudo o que eu sinto por você. Pânico de sustentar o olhar e perder o controle. Pânico de amar você.
É um pouco de você. Sempre foi você. E eu ando cansada de esconder.
Ps: Entendeu? Xoxo 😘
“Dava pra te ver do lado oposto
E eu não duvidava que gostava de você
Não quero sofrer nessa promessa
Faça o que quiser, mas não permita-me morrer“
Sem comentários